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26/11/2015
As discussões concernentes às relações étnico-raciais são temas permanentes na Escola de Turismo e Hotelaria Canto da Ilha - ETHCI-CUT. Nesse sentido, as apresentações desenvolvidas pelos educandos neste 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, refletem o que já vinha sendo trabalhado com os educandos ao longo do percurso formativo de todos os cursos oferecidos pela Escola.
A atividade foi dividida em três momentos: apresentação de vídeos para contextualização histórica sobre o tema, mesa de debate com o advogado trabalhista Divaldo Luiz de Amorim referente ao preconceito no processo de contratação de trabalho e apresentações culturais dos educandos da escola e da EJA núcleo Canasvieiras.
O debate sobre as discriminações nos processos de contratação abordou questões como a invasão da privacidade do trabalhador na fase pré-contratual através de entrevistas, exames, testes vexatórios ou mesmo pela exigência de dados e informações sobre a vida pessoal que extrapolam os limites do aceitável como, por exemplo, histórico de doenças na família, filiação a partido político ou mesmo a participação em sindicatos. Além dos preconceitos de gênero, racial e de orientação sexual sofridos pelos trabalhadores. As reflexões provocadas pela apresentação do Divaldo estimularam a participação dos educandos e enriquecerem o debate sobre a temática. Nas apresentações culturais, tivemos teatro (turma Informática), poema (turmas de Espanhol e Inglês), música (turmas de Técnico em Hospedagem, Auxiliar de Pessoal e Inglês), capoeira (turma de gastronomia) e dança (EJA – Núcleo Canasvieiras). Destaque especial para as apresentações das turmas de Inglês (poema), Auxiliar de Pessoal (rap) e Técnico em Hospedagem (mistura do rap com o samba) que tinham elementos autorais, tanto na composição quanto na interpretação.
A arte como forma de resistência e libertação fez parte do encerramento da atividade deste dia de luta e celebração da história e da cultura afro-brasileira, onde todos foram convidados a fazer um grande circulo na frente do palco para dançar, batucar e cantar ao som da música “Um sorriso negro”.
Agradecemos a presença, participação e esforço coletivo de todos e todas que, de alguma forma se desafiaram a contribuir com diferentes formas de expressão para o evento. Esperamos que o evento tenha propiciado a reflexão sobre essa data tão significativa, sobre os preconceitos e as lutas que ainda precisam serem enfrentadas.
BASTA DE RACISMO NO TRABALHO E NA VIDA!
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