ESCOLA CANTO DA ILHA > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUES > PM DE ALCKMIN IMPEDE VIGÍLIA DEMOCRÁTICA DE APOIO A LULA EM SP
24/01/2018
A Polícia Militar do Estado de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin (PSDB-SP) impediu na noite desta quarta-feira (23) que representantes da CUT e dos movimentos populares permanecessem em vigília de apoio a democracia e ao direito de Lula ser candidato, que estava sendo realizada na Avenida Paulista.
Por volta das 21h30, um cabo da PM chegou até à organização do evento e pediu para encerrar a atividade às 22h, alegando que o ato convocado pelo movimento de direita já tinha sido encerrado.
A manifestação em apoio a democracia e em defesa do ex-presidente Lula ocorre em várias regiões do país na véspera do julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), do recurso da defesa de Lula contra sentença do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Assim como nos outros estados, tudo corria de formam pacifica em São Paulo.
Mesmo com provocações de grupos de direita que faziam questão de passar por dentro do ato, os manifestantes ocuparam a avenida de forma organizada e tranquila por volta das 18h aos gritos ““Olê, olê, olá… Lula, Lula”, com cartazes que denunciavam a perseguição política de Moro e a seletividade da grande imprensa.
O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, repudiou a tentativa de condenar o ex-presidente sem provas. “Queremos dialogar para mostrar a forma como está sendo conduzido esse processo. E queremos perguntar à essa justiça quer condenar Lula: Cadê a prova”? questionou o dirigente.
Representantes de movimentos sociais, entidades sindicais e de organizações de juventude do PT e do PCdoB permaneceram em vigília em frente ao prédio do Justiça Federal, no Fórum Ministro Pedro Lessa. Eles defenderam o direito de Lula ser candidato à Presidência da República em 2018 -, denunciando a perseguição do judiciário brasileiro.
“A vigília é para afirmar que eleição sem Lula será mais golpe. Não aceitamos que três juízes tirem esse direito de milhões de brasileiros”, denunciou Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), representando a Frente Brasil Popular.
Gabriela Guedes do Levante Popular da Juventude concorda com a posição de Bonfin e afirma que o julgamento do ex-presidente é um golpe à maior liderança política desse país. “Não vamos permitir o golpe. Estamos sentido na pele ainda o golpe de 2016 com a reforma Trabalhista e a retirada de direitos”, emendou.
Novas mobilizações já estão convocadas para esta quarta-feira em várias regiões do Brasil. Em São Paulo, o ato será na Praça da República, a partir das 17h, e caminhada até a Avenida Paulista. A atividade contará também com a presença de Lula, de artistas e intelectuais.
A vigília em defesa da democracia foi organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem mais de 180 movimentos dentre os quais a CUT, sindicatos, MTST, CTB, CMP, UNE e MST
Conteúdo Relacionado
João Felício, presidente da CSI, Confederação Sindical Internacional, presta(...)